quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013



Futebol: sonho X realidade

Hallana Ferreira Gibaut

O futebol, mundialmente conhecido e praticado por todas as classes, gêneros e etnias, mexe com o imaginário das crianças do Brasil e do mundo. Porém é preciso ter atenção e comunicação com as crianças a respeito dos perigos que podem ser encontrados neste “mundo futebolístico”, que eles tanto sonham.
A história prega fatos importantes e favoráveis aos jogadores de futebol, no entanto, a realidade mostra caminhos difíceis, cheios de altos e baixos.
Nos morros, favelas, nos campos de várzea, nas ruas, foram descobertos vários jogadores brasileiros conhecidos mundialmente, entre eles, o Pelé, Ronaldo Fenômeno, Zico, Rivaldo, dentre outros, que ajudaram o Brasil a ser conhecido como o País do Futebol.
Porém, estes jogadores, que alcançaram o sucesso nos campos de futebol, foram meninos escolhidos entre milhões. O sonho de se jogar em clubes europeus recebendo altos salários, contribui para as crianças sonharem alto, como na maioria deixam de lado os estudos para terem mais tempo para se dedicarem ao futebol. Em consequência disso, eles acabam atrasando o período escolar, trabalham mais cedo para ajudar nas despesas da família e, frequentemente, acabam frustrados por não terem conseguido alcançar o sonho tão cultivado, o de serem jogadores profissionais.
Os altos e baixos do futebol refletem momentos de extrema visibilidade, altos investimentos e comercialização de produtos e do próprio jogador. Entretanto, quando não bem instruído, os jogadores acabam se deixando levar pelo sucesso instantâneo, se tornam jogadores problemas e consequentemente “eliminados” do futebol.
Portanto, o trabalho pedagógico nas escolas, no sentido de conscientizar os jovens, se faz importante para que as crianças desenvolvam e reflitam criticamente sobre suas escolhas e compreendam as dificuldades na escolha pelo “mundo do futebol”, conscientizadas que somente alguns têm a chance de se tornarem jogadores de sucesso.



[1] Estudante do 6º semestre do Curso de Licenciatura em Educação Física, Bolsista ID PIBID/UFRB 2012.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013



DROGAS UM TEMA A SER TRATADO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Letícia Araújo Oliveira¹

As drogas são problemas que integram praticamente todas as sociedades contemporâneas, o resultado negativo decorrente a isso é de ordem social e econômica. Social, pois desestrutura a família e econômico por gerar diversos custos para o governo que na maioria das vezes mantém o tratamento.
A escola tem um papel fundamental no desenvolvimento sadio do adolescente e do adulto, pois contribui para a formação global do jovem e da sociedade. A prevenção ao uso de drogas é uma atitude a ser adquirida desde a infância e promovida durante toda a vida. Assim, o papel da escola na prevenção é educar crianças e jovens a buscarem e desenvolverem sua identidade e subjetividade, promover e integrar a educação intelectual e emocional, incentivar a cidadania e a responsabilidade social, bem como garantir que eles incorporem hábitos saudáveis no seu cotidiano.
Nesse sentido, a base para o não ingresso dos jovens nesse mundo quase sempre sem volta está na família e na escola. A primeira deve dialogar conhecer as amizades, esclarecer sobre o perigo das drogas, e ensinar valores humanos e valorização da saúde e da vida. A segunda pode promover palestras, depoimentos, visitas de policiais, médicos entre outros profissionais que estão diretamente envolvidos no processo de prevenção das drogas e tratamentos.
Diante desse fator o educador que nesse caso pode ser o de Educação Física, pode implantar atividades vinculadas ao tema, entre todos pode se escolher o Doping, que é o uso de qualquer droga ou medicamento que possa aumentar o desempenho dos atletas durante uma competição. Esse tema está diretamente ligado ao esporte de auto rendimento entre eles: atletismo, ginástica, futebol, levantamento de peso, natação, artes marciais. Pode-se abordar o efeito de diferentes drogas, como o álcool por exemplo, no desempenho de atletas. Ainda, as implicações do uso de drogas na continuidade ou desistência em programas de exercícios físicos. O fato é que este tema perpassa as discussões da cultural corporal, assim sendo, deve-se fazer presente nas aulas de Educação Física.
Em suma, o problema é bastante complexo e requer a participação efetiva dos pais e dos professores com respaldo dos donos de escola, no caso particular, e do poder público nas instituições públicas, uma coisa é certa, a base para o problema está na educação.
¹Graduanda do Curso de Licenciatura em Educação Física 6º Semestre.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013


Questão de gênero nas aulas de Educação Física

Urânia Andrade Fonseca¹


          Segundo Scott, históriadora social norte americana, feminista, a palavra  gênero é um elemento constitutivo das relações sociais baseadas nas diferenças percebidas entre os sexos, que estão ligadas a diferenças biológicas , diferenças essas que são visivelmente apresentadas nas aulas de Educação Física Escolar, segundo o Coletivo de Autores afirma-se que:

No que se refere às questões do gênero nas aulas de  educação física, isso fica evidenciado na prática rotineira de se formar turmas exclusivas “de meninas” e “de meninos”, revelando assim a visão sexista discriminatória entre os sexos dominante na sociedade e consequentemente na escola que em seu caráter normativo e seu papel de transmissora de conhecimento também está contaminada pelo sexismo, constituído em um código secreto e silencioso que molda e discrimina o comportamento de meninas e meninos, homens e mulheres (COLETIVO DE AUTORES, 1998).

           Meninas e meninos se organizam nas mais variadas instâncias escolares, mas é na educação física que essa distinção é salientada repetidamente. Pois, a partir de uma divisão das aptidões físicas aceitas socialmente, considera-se as meninas "naturalmente" mais frágeis do que os meninos, justificando, assim, a necessidade de uma estrutura especial que proteja as meninas da "brutalidade" própria dos meninos. Na educação física o que coopera para a propagação de questões de gêneros é a determinação das atividades que são divididas por sexos, temos como exemplo a participação das meninas nas aulas onde o conteúdo a ser estudado será a dança, já em contra partida a participação dos meninos sempre será quando as aulas forem do conteúdo futebol.
       A educação física tem como objetivo proporcionar a aprendizagem e apropriação dos conhecimentos relacionados à cultura corporal, e, consequentemente, o possível desenvolvimento das qualidades físicas e das habilidades motoras, que são iguais aos dois sexos; se for trabalhado a expressão corporal e ritmo, são para os dois sexos; assim como a força, a velocidade, ou qualquer outra habilidade ou valência física. O que não pode acontecer é um dos sexos ser privilegiado em detrimento ao outro, em relação às atividades a serem realizadas nas aulas, devido às características físicas predominantes em um sexo. O professor, ao planejar e organizar suas aulas deve superar as perspectivas sustentadas na aptidão física, que tem este como principal parâmetro para a Educação Física escolar, e adotar propostas sustentas no conceito de cultura corporal, onde os diversos conhecimentos, inclusive os motores, devem ser apresentados a todos os alunos sem distinção de qualquer natureza.
          O professor de educação física com relação ao gênero deve manter uma postura supostamente neutra, ajudando assim a formação de uma consciência coletiva de que ser homem e ser mulher atende a determinados padrões e regras normatizadas na conduta, fechando assim as portas para diversas manifestações de masculinidade e feminilidade, produzindo assim atividades praticas estabelecidas como adequadas aos meninos e meninas, preparando assim aulas onde o desenvolvimento de uma cultura corporal democrática atue.


 ¹Graduanda em Licenciatura em Educação Física. UFRB/ CFP
  Bolsista no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência 

 Referências Bibliográficas
  
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1998.


SCOTT,JOAN.W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. In: Educação e Realidade. Porto Alegre, n 20,  p.71-100,1995.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Evasão nas aulas de Educação Física

Edinéia jesus da cruz¹

    É cada vez mais frequente a não participação de alguns alunos nas aulas de Educação Física. Isso nos indica que estes alunos não veem a importância desta disciplina na formação social e profissional. Temos como exemplo algumas falas que fundamentam essa afirmação: “Educação Física não reprova”, “os conteúdos desta disciplina não caem no vestibular”, esses são discursos presentes nas aulas expressados pelos alunos como justificativas para não participarem das aulas.
    Entendemos que os procedimentos didáticos pedagógicos do professor podem influenciar na qualidade das aulas e consequentemente, na motivação dos alunos. O professor que leva a serio o que faz e que alia a sua competência técnica ao compromisso de ensinar, desperta a criatividade e conduz o aluno a reflexão através do lúdico. Ao adotar estes procedimentos, o professor leva grande vantagem sobre as outras disciplinas escolares, pois a Educação Física, por si só é uma prática motivadora e que permite abordar uma grande variedade de temas e assuntos relacionados na maioria das disciplinas existentes no currículo de uma instituição, podendo promover um ensino mais desafiador e interessante para os alunos e professores.
    Dessa forma, o professor deve explicar os valores educativos da Educação Física na escola e a importância da apropriação dos conhecimentos da cultura corporal na direção da emancipação humana e construção de uma nova sociedade. Não podemos deixar que a Educação Física seja simplesmente substituída por práticas de esportes ou outras atividades, em academias, clubes, associações, etc., fazendo com que esta se torne desacreditada e desnecessária dentro do contexto escolar.  Acreditamos que um dos reflexos do desinteresse se dá em função das atividades, privilegiando apenas o esporte durante as aulas, isto é, sempre o mesmo conteúdo em várias séries, a mesma aula, durante vários anos. O esporte e o jogo são importantes na formação do ser humano, mas somente estes não bastam. A diversificação de conteúdos deve ocorrer, sobretudo, para possibilitar o acesso a um numero maior de manifestações corporais e para que as aulas não se tornem repetitivas,monótonas e consequentemente desinteressantes, contribuindo assim para a evasão.
    Apesar dos Parâmetros Curriculares Nacionais colocarem como prioridade no ensino médio a formação geral dos educando, com o intuito de estimular a pesquisa, a busca, a análise e a seleção de informações, para que o indivíduo possa assumir uma postura ativa na prática das atividades físicas, pelo desenvolvimento de sua consciência quanto a importância de uma vida ativa e saudável no exercício pleno da cidadania – PCNs (BRASIL, 2006), nos últimos anos, tem-se observado que o número de alunos que se desobrigam da frequência às aulas de educação física escolar tem aumentado, caracterizando assim, um visível desinteresse pela disciplina.
    Portanto, percebemos que a Educação Física é desvalorizada pela sociedade, temos ciência que esta desvalorização tem diversas motivações, entre tanto, até por conta dos limites deste texto, gostaríamos de destacar uma mais imediata, que está relacionada ao fazer pedagógico dos professores que, em alguns casos, não cumprem com seus deveres e papeis pedagógicos, desenvolvendo aulas pautadas somente em práticas esportivas, ou fazendo desta um espaço de lazer, onde o aluno sente dificuldade em identificar um conhecimento sistematizado que possa contribuir em sua formação. Assim, acreditamos que cabe aos profissionais docentes da Educação Física ministrar aulas adequadas a necessidade histórica de seus alunos, buscando assim despertar o interesse pela participação e desenvolvimento social dos mesmos.



¹Graduanda em Licenciatura em Educação Física.-CFP
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Bolsista no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID)



Referencias Bibliográficas:

SANTOS, Marcus P. Coutinho; Evasão nas aulas de Educação Física no Ensino Médio: Compreendendo o fenômeno. 2007. Monografia (Graduação); Universidade Estadual Paulista, Bauru.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais; Ensino Médio. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica: Brasília (DF), 2006 v.l, p. 223 á 236.